sexta-feira, agosto 24, 2007

Lévy e o Teatro Mágico


Assisti há alguns dias a um seminário com o afamado Pierre Lévy. Fiquei cara a cara com o cara, uma honra, segundo o coordenador do meu mestrado. Acho que até foi mesmo, talvez minha ignorância não me permita avaliar o quanto deveria ficar honrada. Li uns dois livros do Lévy, muito interessante e também entediante para quem gosta de ver o teatro e não as mãos que movem os bonecos. Gosto de saber que elas estão lá, mas gosto mais de curtir a beleza mágica dos bonecos.
Lévy acha que existe uma maneira de haver um espaço semântico na web. Mas o que mais gostei foi de saber que o cara apóia a pirataria, ou seja, o compartilhamento de informações. E é aqui que existe a ligação lírica que estabeleço entre Lévy e o in-fame (sem fama) O Teatro Mágico. Este só circula fazendo shows em um espaço restrito de São Paulo, mas está se expandindo pela internet. Meu filho me apresentou ontem alguns vídeos do grupo. Em um deles o vocalista convocava o público que não tivesse grana para comprar seu CD para piratearem. É assim que vai circulando a mágica do Teatro pelo ciberespaço de Lévy e nos suportes binários dos CDs pirateados. Existiria poesia na web? Sim existe e Lévy também percebeu há muito tempo.


Aqui vai uma amostrinha de O Teatro Mágico

A Bailarina e o Soldado de Chumbo


De repente toda mágica se acabou e na nossa casinha apertada
Tá faltando graça e tá sobrando espaço

To sobrando num sobrando sem ventilador

Vai dizer, que nossas preces não alcançaram o céu

Coração, que inda vem me perguntar oque conteceu

Contece seu rosto por acaso ainda tem o gosto meu

Com duas conchas nas mãos, vem vestida de ouro e poeira

Falando de um jeito maneira

Da lua, da estrela e de um certo amor

Que agora acompanha seu dia, e pra minha poesia é o ponto final

É o ponto em que recomeço, recanto e despeço da magia que balança o mundo

Bailarina, soldado de chumbo

Bailarina, soldado de chumbo

Beijo doceBailarina, soldado de chumbo

Nossa casinha pequena parece vazia sem o teu balé

Sem teu café requentado soldado de chumbo não fica de pé

Nossa casinha vazia parece pequena sem o teu balé

Sem teu café requentado soldado de chumbo não fica de pé

2 comentários:

maumau disse...

Tu ve, e recem agora eu estou conhecendo o teu canto cor de rosa e carvão :)
Adoro teus comentarios la no blog ;)

vou ver se apareço nesse fim de semana

beijao!

Anônimo disse...

Lévy é grande como o ciberespaço.
Ótimo blog. :)