terça-feira, outubro 24, 2006



A maçã do conhecimento

Quantas vezes terei que morrer

para que possa passar
da primeira dentada na maçã,
poder comê-la por inteiro?


Tocando Em Frente
(Almir Sater / Renato Teixeira)


Ando devegar
Porque já tive pressa
Levo esse sorriso
Porque já chorei demais...
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir


Meu inferno

Estou vivendo meu próprio inferno. O do Godard me era mais simples, afinal de contas era dele. Eu só olhava de fora. Mas o ”Inferno” de J-L Godard passou a ser o meu na busca pelo mestrado.
O desânimo é muito grande... O processo de ser aceito, para alguém que nunca se aceitou e se considera totalmente inadequado é de um peso esmagador! Por isso me sinto achatada. Uma peça que não cabe em nenhum lugar...

Mila

sexta-feira, outubro 20, 2006

Irmã Coruja

Neste momento remakeaproveito para corujar e me exibir, como irmã de artista plástica, com o trabalho da minha mui amada irmã Helene Sacco

Forma-se em pintura pela Ufpel, Pelotas, em 1999. Participa de workshops de arte com Jean Lancri, Pierre Baque e Eliane Chiron. Sua obra caracteriza-se por experiências tridimensionais e em vídeo. Cria objetos que seduzem o olhar para vórtices onde a imagem virtual é amparada pelo objeto que propõe um contato afetivo direto com o observador. Entre as exposições coletivas de que participa destacam-se II Top Student de Artes Plásticas, no Instituto Norte-Americano, Porto Alegre, 1997; e Salão de Arte Universitária de Santa Maria, 1998 .

(Itaú Cultural - Rumos Visuais 1999/2000)

Laranja de mostra

Aqui está uma amostrinha
do trabalho da Helene Sacco.
Manda mais maninha!
Sei que tem novidade na área.


UMA FENDA NO TEMPO
(mais um das antiga)


Considere que, em pleno centenário da teoria da relatividade, estamos vivendo uma aceleração do tempo. Presos em um torvelinho de atividades e pensamentos automáticos e repetitivos, se forma uma casca em torno das nossas vidas. Essa vertigem diária impede a contemplação e análise do quotidiano da construção social. De repente, a casca começa a produzir fissuras, frestas através das quais se pode espiar a nós mesmos e aos outros. São fendas no tempo que nos permitem congelar imagens que falam de nós muito mais do que poderíamos presumir. Destas escorre arte contemporânea.
Voltando no tempo retroceda até aos tempos de Vermeer, século XV. Quanto de tempo teria ele gasto para conceber sua “A Leiteira”? Uma cena corriqueira de sua organização familiar e que, no entanto, congela a imagem projetando para a contemporaneidade a poesia lenta dos dias do pintor. Lenta porque aqueles eram dias lentos. As mulheres da vida e da casa de Vermeer se movimentavam lentamente em direção às janelas e por estas entrava uma luz também lenta. Uma velocidade que talvez permitisse luz à poética daquelas sentimentalidades clandestinas que ele retratou.
Como não gosto de saudosismo, especialmente daquele que remete a coisas que não vivi ou que pelo menos não tenho consciência de tê-las vivido, voltemos para 2005. Aqui reside minha paixão: a bricolagem frenética das imagens e seus significados. Essas produzem com velocidade alucinante, outras imagens de mercadorias obsoletas como celulares-tijolos, celulares que emitem constrangedoramente a 9ª Sinfonia de Beethoven, disquetes de 5 ¼, disquetes de 3 ½, Zip drivers, carros sem injeção eletrônica... E quem diria, uma ponte, um sucatão que costumava ligar Pelotas a Rio Grande. Até quando mesmo? Não lembro. Mas ontem à noite; lá no ILA (Instituto de Letras e Artes), Alberto Rosa, número 69; a vi exposta com o nome de “Reponte” (Alexandre Lettnin). Na mesma ocasião/exposição, mas em outra parede, havia “Fendas” (Helene Sacco). Frestas por onde escorria o quotidiano imagético. Nelas se podia espiar a vida ou será que eram elas que nos espiavam? As fendas tinham o poder de recortar a realidade e a deslocar no tempo e espaço, produzindo um congelamento. Algo como: “parem o mundo que eu quero espiar”. É interessante observar como frestas, fendas, rachaduras e dobras têm o poder de atrair vida. Destas é que brota, numa espécie de biogênese invisível, “Minha Casa” (Paulo Damé), abrigo do olhar. Em outra parede, de lado oposto, uma gaveta acomodava memórias em branco, “O que você guarda em suas gavetas?” (Kelly Wendt), contos da biogênese a espera de uma vivência temporal ao gosto da tecnologia ainda imprevisível. Mas, a primeira coisa que se vê, na sala de exposições do ILA, é “Fronteira do Visível” (Helena Canaã), sintetizando todo o resto: as imagens frenéticas presas e esmagadas pela dobra do tempo formando um borrão no espaço.
(Mila Sacco - ago 2005)
Saudade/Remake

Estou começando a publicar, hoje, meus escritos desde o começo da faculdade e que nunca foram mostrados a ninguém, somente o fiz no CMI. Não sei bem o que pretendo com isso, mas estou com várias saudades...
Começarei por este que me é muito caro, pois chegou de alguma forma às mãos do artista plástico Edson Barrus. Este me mandou um e-mail muito importante para mim. Agradeço a ele por me mostrar, na prática, o que Derrida falava sobre a traição do subjétil e como a verdadeira leitura se faz na mente do espectador.
(Mila Sacco)


Meu olhar sobre o Cão
Ainda na década de 90, em uma das edições do Itaú Cultural, São Paulo, foi apresentada uma instalação intitulada “Cão Mulato” de autoria de Edson Barrus. Tratava-se de estranha traquitana, engenhoca, feita com equipamento de informática obsoleto. Na verdade sucata garimpada no lixo da sociedade informatizada. Monitor, cpu, impressora e, sei lá mais o que, interligados a outros debaixo de uma barraca feita de retalhos de restos de roupas e tecidos usados.
Parecia impossível que aquilo tudo funcionasse. Mas, não só funcionava como de forma matricial, imprimia incansavelmente:
cãomulatocãomulatocãomulatocãomulatocãomulatocãomulato cãomulatocãomulatocãomulatocãomulatocãomulatocãomulato cãomulatocãomulatocãomulatocãomulatocãomulatocãomulato...

Costuma-se denominar de cão todo aquele que possui o menor valor possível. E o que vem a ser mulato? Talvez aquele a quem é negado, até mesmo, o direito de pertencer a uma etnia. Logo, o quê pode estar, numa escala de valores arbitrária, abaixo de um cão mulato? No entanto, lá estava a traquitana inquietante a repetir:
cãomulatocãomulatocãomulatocãomulatocãomulatocãomulato cãomulatocãomulatocãomulatocãomulatocãomulatocãomulato cãomulatocãomulatocãomulatocãomulatocãomulatocãomulato...

Já não é de ontem que se faz arte de lixo, que o diga o mestre Hélio Oiticica. Mas, a questão aqui é: o restolho da mídia, o dejeto da indústria cultural pode se autoreciclar? Degradar-se, re-organizar-se produzindo um novo organismo? Assim, como dizia Chico Science: “me organizando posso desorganizar, desorganizando posso me organizar”.
Pois é, tendo há muito tempo silenciado na memória o ruído da engenhoca, dou de cara com ela, estava lá na MTV, dando entrevista, com a maior cara de cão mulato, um tal de Marcelo D2.
Estava posto o paradoxo: o cão mulato agora era indústria na MTV e, ainda ontem, era lixo; dependendo, é claro, do momento em que se olha e congela o movimento do anel da reciclagem.
Faz pelo menos meio ano que escuto a colagem e bricolagem de lixo e cultura do cara e ainda tem coisa lá neguinho, tem coisa lá... Me re-apaixonei pelo cão mulato e tô me perguntando: Qualé neguinho, qualé?! É tem alguma coisa lá no
hip-hop...
(Mila - set 2003)


Deu pra ti Negra Li
Ao mesmo tempo em que lia na web que centenas de soldados e policiais, a pé ou a cavalo, controlaram os movimentos da multidão e que tanques antidistúrbios foram posicionados nas imediações da festa batizada de "África Unida" - show em homenagem aos 60 anos de Bob Marley, na Etiópia - assistia ao show da Negra Li na MTV. É incrível como ajuntamento de povo mete medo nas autoridades, principalmente se forem negros comemorando um líder. O que não é o caso da nossa conterrânea, a Li. Parece que este se trata de um evento bem menos preocupante para as autoridades. Afinal, o pessoal que vive sob o signo da Nike é bem menos ameaçador, um caso apenas para segurança particular mesmo.
Já há algum tempo penso em dar uma olhadinha no trabalho da moça. Sabe como é, pra ver qualé neguinha? Então lá estava ela dando performance no “Circo da MTV” e, lógico, como não poderia faltar: com logo.
Como gosto de Hip-hop tento ser paciente com essa mania que os manos têm de ostentar no peito o carimbo da casa grande. Como aqueles filhos caçulas, adolescentes, dos quais se tenta compreender as incríveis incoerências. E estava lá a Negra Li, com seu novo cabelo black, vestida com uma simpática e antenadíssima jacket metálica com as famosas três listras retrô e ostentando no peito a marca Adidas.
Sem dúvida, tudo a ver! A mina tá cabendo legal no papel de “neomucama”. Ou então não foi avisada da gigantesca senzala do mundo colonizado que hospeda, pelo tempo que convier aos donos dos carimbos, as fábricas das jackets antenadíssimas da nossa mucaminha. Nestas fábricas/senzalas homens e mulheres, sem garantias nem futuro, trabalham produzindo as peças usadas pelos manos e pelas minas da hora.
É interessante observar a fascinação que estas roupas com marcas como Nike, Reebock, a própria Adidas, entre outras, exercem no imaginário dos jovens de países periféricos. Quem já não ouviu falar naqueles casos de roubos e até assassinatos motivados pelo desejo ensandecido, despertado e estimulado pela propaganda e, ainda, reforçado pelos artistas, fiéis adeptos de marcas globalizadas? Porém, todos conhecemos o dito: a propaganda estimula o consumo de produtos que a maioria não tem meios para consumir. Assim, o consumo de produtos, digamos, não oficiais, é simultaneamente estimulado.
Engorda-se a clientela da pirataria. Legal! Sempre gostei de histórias de piratas. Acho que é algum tipo de anarquismo ou vingança das massas manipuladas pela mídia. Mas, que ironia! Lá no meio destes produtos “alternativos”... no canto da prateleira do camelô... ali no cantinho... não é o Cd da Negra Li e o do D2?!
Mundo pequeno esse, né?
Sinceramente, aqui vai o meu recado, não no mic, mas no teclado (que sou a favor da inclusão digital): Já tá além da conta a postura de mucama do Hip-hop. Francamente não dá para fazer merchandising das marcas bordadas nos bonés e impressas a ferro e fogo nos corpos e mentes dos trabalhadores semi-escravos.
Definitivamente: deu pra ti, Negra Li!
(Mila - fev 2005)


Charge

Recebi esta de uma amiga que está em Brasília (mts saudades). Sou apaixonada por charges - que saudades do Henfil e de outros tempos...




"A esperança na corda bamba de sombrinha.E a cada passo dessa linha pode se machucar.Ai,azar! A esperança equilibrista,sabe que o show de todo artista, tem que continuar." (João Bôsco)



domingo, outubro 15, 2006


Barulhinho bom



O barulho da chuva me faz relembrar momentos que na imaginação podem parecer melhores do que realmente foram...

Chuva traga o meu benzinho
Pois preciso de carinho
Diga a ela pra não me deixar triste assim...
O ritmo dos pingos ao cair no chão
Só me deixa relembrar
Tomara que eu não fique a esperar em vão
Por ele que me faz chorar.
Oh, chuva traga o meu benzinho!
Pois preciso de carinho
Diga a ele pra não me deixar triste assim
(Demetrius)

quinta-feira, outubro 12, 2006


Esse é o nosso mural OOOOlívio
Quem quiser é só chegar!


Mais descontróooole aéreo nos EUA

Parece que nossos vizinhos metidos a besta, sabe aqueles que sempre têm um gramado melhor. Pois é, estão com problemas novamente. Mas, deixe estar Sr Busch, o descontrole existe nas melhores famílias, isto é, países.

O acidente desta quarta-feira aconteceu exatamente cinco anos e um mês depois do maior atentado terrorista da história nos EUA, em 11 de setembro de 2001, quando as torres gêmeas no World Trade Center, também em Nova York, foram derrubas por dois aviões.
(Uol - http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2006/10/11/ult27u58365.jhtm)


Fase Icônica
ainda na fase icônica, com as cores ainda necessárias para me expressar, lanço mão de um presente que minha alma amiga preferida me deu:

"Há um certo azul do céu
que é tão intenso que
o sangue é mais vermelho"
(Paul Claudell)

Ps.: Dê isso já tá virando clichê!

Mas, ainda não consegui largar...

sexta-feira, outubro 06, 2006


Imagine


Um jatinho, brasileiro, pilotado por brasileiros e transportando brasileiros. Entre eles, um jornalista arrogante brasileiro. Imagine que esse mesmo jatinho batesse em um avião, do tipo boeing, dos EUA, em espaço aéreo dos EUA, matando 154 norte-americanos. Meu amigo, tenho certeza: tortura e prisão em Guantânamo seriam pouco para os pobres cucarachas!
No entanto,bem se sabe que a situação foi inversa. São 154 almas brasileiras que agora estão sendo choradas por suas famílias.
Por isso, acho que algumas perguntas seriam pertinentes:

- Como e quem deu licença para esse jatinho trafegar tão livremente em nosso espaço aéreo?

- O que faziam sobrevoando a região amazônica?

- Que tipo de trabalho faz o jornalista Ianque?

- O que é preciso para que um jatinho qualquer entre no espaço aéreo brasileiro?

- Que tipo de visto estes elementos possuíam?

- Por que é tão fácil conseguir visto para entrar no nosso país se para um cucaracha pode custar a sua própria vida?

- O que faz com que congressistas norte-americanos, os senhores Peter King e Steve Israel, pensem que os pilotos do jatinho devam ser libertados antes do esclarecimento do caso?

- Por que estes mesmos políticos do império norte-americano procuraram a abominável srª Condaleeza Rice para interceder a favor dos desastrados pilotos?

- Por acaso se trata de alguma missão sigilosa e de interesse internacional?

Espero que os políticos e a abominável srª tenham o cuidado de se desculpar e mostrar alguma compaixão com as famílias dos 154 brasileiros, antes de exigir a libertação dos apenas 2 norte-americanos. Também espero, em respeito à nação brasileira, que os dirigentes do Brasil tratem os pilotos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino do mesmo modo que pilotos brasileiros, envolvidos no memsmo tipo de situação nos EUA, seriam tratados.
Por último espero que o jornalista do "New York Times", Joe Sharkey, se desculpe o mais rápido possível pela declaração preconceituosa que fez sobre o trabalho dos controladores do tráfego aéreo brasileiro. E para tanto, lembre que os controladores de vôo de seu país, deixaram que outros três aviões fizessem um estrago ainda maior em 11 de setembro de 2001.

Para as almas do vôo 1907 da Gol peço a Deus que os receba e os consolem. Para as famílias desejo que tenham seu sofrimento o mais rápido possível amenizado e para a justiça brasileira peço JUSTIÇA!

quinta-feira, outubro 05, 2006


A perfeição como distorção

Há muito se diz que perfeição estética é uma forma de distorção da realidade. Desde a beleza grega com seus cânones perfeitos, até o cubismo de Picasso são anamorfoses que nos permitem apreciar reflexões e pensamentos culturalmente construídos e manifestados esteticamente.
Ontem meu mui caríssimo amigo Diniz me deu de presente um link para o site de uma fotógrafa que me deixou extasiada. Loretta produz uma espécie de simulacro do simulacro. Pinta, fotografando e fotografa pintando. São crianças, perfeitas demais quase sempre dispostas em frente à painéis que são um dos maiores desafios dos artistas: pintar imagens perfeitas de céu.
Confiram, o Diniz tem razão, vale a pena!

WWW.lorettalux.de

terça-feira, outubro 03, 2006



OOOOlívio governador

pro Rio Grande Melhorá!!!


Carinho
Recebi este carinho de minha muitíssima amigona do peito nº46, Silvinha.
Aki vai um beijão. Glamurosa, rainha do baile, poderosa...







DEUSES

Divino amante e perfeito camarada,contente à espera, invisível mas certo,seja você meu Deus.

Você, você - o Homem Ideal,belo, apto, gentil, contente e amorável, completo de corpo e amplo de espírito,seja meu Deus.

Ó Morte (pois a Vida já fez a parte dela),porteiro e mestre-sala da mansão celestial,seja meu Deus.

Alguma coisa, algo de mais poderoso,que eu melhor vejo, concebo, conheço(rompendo o laço da estagnação,a libertar, a libertar-te, ó alma),seja meu Deus.

Todas as grandes idéias, as aspirações dos povos,os heroísmos todos, gestos de arrebatado entusiasmo, Sejam meus Deuses.

Ou Tempo ou Espaço,ou figura da Terra divina e maravilhosa,ou qualquer outra figura alegreque eu, vendo, adore;ou resplandescente orbe do sol ou estrela à noite,sejam meus Deuses.


Poema de Walt Whitman
tradução de Clarah Averbuck

segunda-feira, outubro 02, 2006



"Quem me dera encontrar o verso puro,
O verso altivo e forte, estranho e duro,
Que dissesse a chorar isto que sinto!"
(Florbela Espanca)
Um olhar, um sorriso, um abraço, um afago, uma palavra...
Qualquer coisa que me liberte, de forma mágica,
libertando o berro que me sufoca.
Mila

domingo, outubro 01, 2006




Semente








"E fomos dormir com a
sensação de que tínhamos
mudado o mundo..."
(Madredeus)
É gente... pra mudar o mundo não dá para dormir.
Os sonhos nos são roubados na escuridão da noite.
Quem me der um exemplo de democracia eficiente,
Por favor, que faça o mais urgente... Mila
"Foi bonita a festa pá,
mas certamente
esqueceram uma semente
n´algum canto de jardim..."
Chico)


Como garrafa de náufrago

Dessa vez meu voto vai como garrafa de náufrago a procura de praias que lhe sejam dignas.

"Mesmo que eu mande garrafas por todo o mar
meu coração tropical partirá esse gela irá...
Vou quebrar a geleira azul da solidão e buscar
a mão do mar, procurar o mar"
(João Bosco)