sábado, setembro 16, 2006


Agnus Sei
(João Bosco / Aldir Blanc)

Faces sob o sol, os olhos na cruz

Os heróis do bem prosseguem na brisa da manhã
Vão levar ao reino dos minaretes a paz na ponta dos arietes
A conversão para os infiéis
Para trás ficou a marca da cruz
Na fumaça negra vinda na brisa da manhã
Ah, como é difícil tornar-se herói
Só quem tentou sabe como dói vencer Satã só com orações
Ê andá pa catarandá que Deus tudo vê
Ê andá pa catarandá que Deus tudo vê
Ê anda, ê ora, ê manda, ê mata, responderei não!
Dominus dominium juros além
Todos esses anos agnus sei que sou também
Mas ovelha negra me desgarrei, o meu pastor não sabe que eu sei
Da arma oculta na sua mão
Meu profano amor eu prefiro assim
À nudez sem véus diante da Santa-Inquisição
Ah, o tribunal não recordará dos fugitivos de Shangri-Lá
O tempo vence toda a ilusão


Entre a cruz e a espada...


Essa vai para o Ratzinger, autodenominado Bento, que, sem querer, deixou aparecer uma pontinha de suástica sob as manguinhas...
A irracionalidade humana sempre usou crenças e culturas para agrupar rebanhos, seja na forma de mão-de-obra, seja como consumidores.
Foi pela espada que o símbolo cristão do Peixe se transformou no instrumento de tortura mais temido pelos cristãos: a cruz. Alguém imagina que a cultura judaica adotasse a suástica no lugar de sua Estrela de Davi. Mas um dos fenômenos “culturais” mais intrigantes talvez seja ainda o do Peixe que se transformou em cruz.
A cultura islâmica me é tão incompreensível quanto à católica. Nenhuma possui tradução cultural no meu imaginário. No entanto, a beleza da criação humana, na compreensão e representação do divino, é sempre uma obra esteticamente maravilhosa. Desde que se dê como processo de exercício de tolerância. Amém.
Mila Sacco

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